terça-feira, 29 de setembro de 2009

Abandono


Amei na rua
E sobre os jornais
A mulher que quis ser minha.

Amei num mútuo
E duplo abandono
Amei como alguém
Que se entrega
Pela última vez.

Como alguém
Sem porto seguro
E que mora nas ruas embriagado.

Que vive a insensatez e o abandono
E da cidade contempla a perfeita nudez.

Um comentário:

  1. Parabéns pela maneira contemporânia de enchergar nossos problemas sociais. Que Deus continue iluminando cada vez mais suas poesias.

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