FASE CRÔNICA
Durante muitos anos escrevi poesias. Porém, ao passar dos anos, acabei direcionando minha escrita para contos e crônicas. Nada melhor que um blog para compartilhar essas idéias e maluquices que povoam o nosso imaginário, sem excluir a poesia do dia a dia.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O computador e a escola
Sou do tempo da máquina de escrever. Aprendi datilografia sem olhar as letras. Era um orgulho "bater" certa quantidade de palavras por minuto. Era um horror, trocar a fita da máquina e consertar um erro. Sujava a mão, o papel...
Desse tempo, sinto saudade da caminhada para o curso e dos amigos que conheci. O ambiente de aprendizagem pode ser um espaço mágico, especial.
Com os computadores a correção ficou mais fácil, a pesquisa mais acessível e as redes sociais levam um pouco do ambiente de camaradagem para casa.
A escola que frequentei como aluna e a escola que frequento como professora são duas instituições distintas.
Na escola que frequentei como aluna o uniforme, o transporte e os livros eram responsabilidade dos pais, era um esforço quase hérculeo manter os filhos nas escolas públicas, mas era uma escola que ao chegar a quarta série as crianças sabiam, ler, escrever e contar.
A escola que frequento como professora está cheia de alunos com celulares, Ipod, Ipad e muitos ai alguma coisa, ou seja, a tecnologia ficou acessivel e facilitou muito as atividades educacionais. Os livros, o transporte e o uniforme são gratuitos.
Então me responda se puder, por que a qualidade diminuiu? O que torna muito dos nossos alunos desinteressados? São muitas as respostas possíveis, no momento so quero provocar você.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Extraordinário
Quem elegeu a notícia que li nos jornais
Como a mais importante?
Por que uma linda noite de lua cheia,
Pessoas sentadas nas calçadas
Não podem ser A notícia?
A notícia nasce do extraordinário.
Não é extraordinário conversar, sorrir?
E sem medo papear na rua
Em noite de lua cheia no verão carioca?
Como a mais importante?
Por que uma linda noite de lua cheia,
Pessoas sentadas nas calçadas
Não podem ser A notícia?
A notícia nasce do extraordinário.
Não é extraordinário conversar, sorrir?
E sem medo papear na rua
Em noite de lua cheia no verão carioca?
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
De Pernas Pro Ar
Duas amigas e eu, resolvemos aproveitar as férias de verão para ir ao cinema. Rimos muito.
Entre uma risada e outra lembrei do Pr.David Silveira perguntando: Você tem rido do quê?
O que faz você sorrir?
Decididamente, o filme De Pernas Pro Ar faz você rir. As cenas são engraçadas, o diálogo é ágil e o elenco é bárbaro!
Sorri do inusitado, do constrangimento e das possibilidades de interpretação.
Do inusitado porque a personagem Alice, precisa participar de uma importante reunião de trabalho e acontece de TUDO.
Do constrangimento, porque há cenas nas quais se discute relações e fantasias sexuais e algumas dessas cenas parecem forçadas e geram desconforto.
Das possibilidades de interpretação, porque acreditando que o filme fala apenas de sex shop estimulando a sexualidade a qualquer preço, um público corre para assistir, outro passa ao largo.
Sim, o filme fala sobre sex shop. Sobretudo, fala da pressa, da urgência para fazer sucesso profissional, de construir algo melhor mais tarde, de conciliar prazer e trabalho, fala de relacionamentos.
É um filme que faz você rir da noção do ridículo, do patético. Rimos com os atores, rimos do elenco, rimos de nós.
Achei divertido, mas não abrirei uma loja por causa do filme. Precisamos ter clareza das nossas convicções e compreender que temos direito de escolha. Neste dia, escolhi sorrir.
Entre uma risada e outra lembrei do Pr.David Silveira perguntando: Você tem rido do quê?
O que faz você sorrir?
Decididamente, o filme De Pernas Pro Ar faz você rir. As cenas são engraçadas, o diálogo é ágil e o elenco é bárbaro!
Sorri do inusitado, do constrangimento e das possibilidades de interpretação.
Do inusitado porque a personagem Alice, precisa participar de uma importante reunião de trabalho e acontece de TUDO.
Do constrangimento, porque há cenas nas quais se discute relações e fantasias sexuais e algumas dessas cenas parecem forçadas e geram desconforto.
Das possibilidades de interpretação, porque acreditando que o filme fala apenas de sex shop estimulando a sexualidade a qualquer preço, um público corre para assistir, outro passa ao largo.
Sim, o filme fala sobre sex shop. Sobretudo, fala da pressa, da urgência para fazer sucesso profissional, de construir algo melhor mais tarde, de conciliar prazer e trabalho, fala de relacionamentos.
É um filme que faz você rir da noção do ridículo, do patético. Rimos com os atores, rimos do elenco, rimos de nós.
Achei divertido, mas não abrirei uma loja por causa do filme. Precisamos ter clareza das nossas convicções e compreender que temos direito de escolha. Neste dia, escolhi sorrir.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
A Magia de Elisabete
Quando criança morava em uma rua do subúrbio de Anchieta, na cidade do Rio de Janeiro. Foi na década de 70.
As casas eram grandes e tinham muitas árvores, os muros eram baixos e poucas ruas eram asfaltadas.
As crianças brincavam na rua e não havia tanto carro. As brincadeiras tinham o tempo de ir e vir, uma época era pipa, outra pião, bola de gude. Carrinho de lata de leite e barbante eram puxados pelas crianças, era tudo muito especial e divertido, por mais simples que fosse. As meninas brincavam de boneca, de casinha, de roda. As crianças comiam as frutas no pé.
No verão, as pessoas conversavam nas calçadas aproveitando o entardecer.
De todos os moradores da rua tenho um carinho especial por Dona Elisabete. Na verdade, estou escrevendo este texto, porque a encontrei na semana passada.
Elisabete fazia e vendia balas de leite com coco. Algumas vezes minha mãe ia conosco a casa da vizinha para conversar e comprar balas.
Lembro do fascínio que as panelas e o fogão causavam em mim. A cozinha era o lugar da magia, o lugar em que um monte de ingredientes tornavam se uma coisa única. As Balas da Bete!
Não conseguia entender como ela puxava aquelas tiras de caramelos ainda quente e depois transformava cada tira em muitas balas de coco.
Elisabete está com 80 anos, é uma senhora lúcida, saudável e alegre. Seus filhos cresceram, casaram. Seus netos compram balas em várias lojas e desconhecem a magia de fazer balas. São outros tempos. Que saudade!
As casas eram grandes e tinham muitas árvores, os muros eram baixos e poucas ruas eram asfaltadas.
As crianças brincavam na rua e não havia tanto carro. As brincadeiras tinham o tempo de ir e vir, uma época era pipa, outra pião, bola de gude. Carrinho de lata de leite e barbante eram puxados pelas crianças, era tudo muito especial e divertido, por mais simples que fosse. As meninas brincavam de boneca, de casinha, de roda. As crianças comiam as frutas no pé.
No verão, as pessoas conversavam nas calçadas aproveitando o entardecer.
De todos os moradores da rua tenho um carinho especial por Dona Elisabete. Na verdade, estou escrevendo este texto, porque a encontrei na semana passada.
Elisabete fazia e vendia balas de leite com coco. Algumas vezes minha mãe ia conosco a casa da vizinha para conversar e comprar balas.
Lembro do fascínio que as panelas e o fogão causavam em mim. A cozinha era o lugar da magia, o lugar em que um monte de ingredientes tornavam se uma coisa única. As Balas da Bete!
Não conseguia entender como ela puxava aquelas tiras de caramelos ainda quente e depois transformava cada tira em muitas balas de coco.
Elisabete está com 80 anos, é uma senhora lúcida, saudável e alegre. Seus filhos cresceram, casaram. Seus netos compram balas em várias lojas e desconhecem a magia de fazer balas. São outros tempos. Que saudade!
Não Basta Ser Pai
Meu amigo segue o lema "Não basta ser pai, tem que participar", nesse espírito de participação, levou a filha e mais um bando de mulheres para escolher roupas para o
casamento de alguém de sua família. O agravante é que sua filha seria dama de honra.
Cilada total!
Imagine a cena: meu amigo sentado num ambiente agradável, esperaaando, esperaaando...
Por quase duas horas ele viu um monte de vestidos, um monte de mulheres falando ao mesmo tempo; ninguém dizia coisa com coisa, pareciam não gostar de nada. De repente o silêncio. Encontraram a roupa perfeita, encontraram O Vestido, e ele finalmente, voltou para casa, enquanto dirigia, tentava entender a alma feminina.
casamento de alguém de sua família. O agravante é que sua filha seria dama de honra.
Cilada total!
Imagine a cena: meu amigo sentado num ambiente agradável, esperaaando, esperaaando...
Por quase duas horas ele viu um monte de vestidos, um monte de mulheres falando ao mesmo tempo; ninguém dizia coisa com coisa, pareciam não gostar de nada. De repente o silêncio. Encontraram a roupa perfeita, encontraram O Vestido, e ele finalmente, voltou para casa, enquanto dirigia, tentava entender a alma feminina.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Geografia: Didática e Vivência by Alex Magalhães
Colégio D. Pedro I recebe professor Alex Magalhães.
Cotidiano e ensino de geografia para o ensino fundamental, foram os temas discutidos com alunas do Curso de Formação de Professores.
O encontro divertido e interessante deixa como proposta a reflexão e a aplicação dos conceitos georáficos a partir de um jeito específico de olhar o espaço vivido.






Cotidiano e ensino de geografia para o ensino fundamental, foram os temas discutidos com alunas do Curso de Formação de Professores.
O encontro divertido e interessante deixa como proposta a reflexão e a aplicação dos conceitos georáficos a partir de um jeito específico de olhar o espaço vivido.
Assinar:
Postagens (Atom)